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Trabalho 23fev2018

Será que a sua profissão vai desaparecer daqui a alguns anos?

Imagine a seguinte cena. Você acorda de manhã bem cedo ouvindo batidas no lado de fora do quarto. É o despertador, uma pessoa contratada para acordar as pessoas todos os […]

Imagine a seguinte cena. Você acorda de manhã bem cedo ouvindo batidas no lado de fora do quarto. É o despertador, uma pessoa contratada para acordar as pessoas todos os dias batendo com um pedaço de madeira na janela. Depois de despertar, a primeira coisa que você faz é ir até a porta da frente e pegar algumas garrafas de leite que o leiteiro acabou de deixar ali.
 


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Após tomar o café e se arrumar para sair, você lembra que precisa fazer uma ligação importante. Rapidamente tira o telefone do gancho, disca um número e espera alguém atender. É uma telefonista, que será a responsável por direcionar a ligação para o destinatário, mexendo em um monte de cabos e fazendo uma série de redirecionamentos analógicos.
Terminada a conversa, você sai apressado de casa. Afinal, não quer perder o bondinho que vai passar dali alguns minutos. Depois de quase trombar com alguns meninos que gritavam as principais manchetes dos jornais do dia, você chega ao trabalho e encontra sobre a sua mesa dezenas de documentos que precisam ser datilografados.
Um cenário como esse era muito comum até meio século atrás e fazia parte do dia a dia das grandes cidades. Coincidência ou não, nenhuma das profissões citadas nesses primeiros parágrafos existe mais, superadas pelo avanço da tecnologia. Hoje, um único aparelho celular consegue fazer quase todas as funções descritas no começo do texto, desde funcionar como despertador até mostrar as notícias do dia.
VOCÊ VAI PERDER O EMPREGO PARA UM ROBÔ
Quando olhamos para o futuro, é natural imaginar que muitas profissões que existem hoje também não resistirão às mudanças tecnológicas. Algumas são até fáceis de prever, como bancários e atendentes de telemarketing. Porém, estudos encomendados por empresas de consultoria estimam que até cargos como o de juízes e promotores não estão a salvo das mudanças que inevitavelmente irão acontecer no mercado de trabalho daqui a alguns anos.
 


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Uma pesquisa recente da New Work Order mostrou que 60% dos jovens que começaram a trabalhar nos últimos dois anos estão alocados em profissões que podem ser completamente automatizadas em até uma década. Some esse dado ao de uma outra pesquisa da Universidade de Oxford, que estimou que um terço de todos os empregos no Reino Unido serão substituídos por soluções robotizadas em até 20 anos.
Isso demonstra que 1) o mercado de trabalho mundial está passando por uma importante mudança, vendo seu foco mudar do setor industrial, cada vez mais automatizado, para o de serviços e que 2) se não estivermos preparados para essa mudança, enfrentaremos uma crise severa de desemprego em um futuro bem próximo.
E já começamos a sentir os primeiros efeitos dessa automação hoje, principalmente entre a população mais jovem, que é pouco experiente e não possui especializações necessárias para a demanda atual do mercado. De acordo com a FYA (Foundation for Young Australians), cerca de 30% dos jovens australianos já não conseguiu encontrar um emprego em 2017. O cenário não é diferente no Brasil, onde a Organização Internacional do Trabalho (OIT) calculou que o desemprego na faixa etária de 18 a 24 anos foi o maior em 27 anos no país, atingindo mais de 4 milhões de pessoas. Egito, Portugal e Arábia Saudita também possuem índices parecidos.
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E AGORA?
O caminho que a maioria dos especialistas em Gestão de Pessoas enxergam para enfrentar esse problema é uma profunda mudança no modelo de educação, tanto nas escolas como nas universidades. Tiago Mattos, fundador da escola de atividades criativas Perestroika, acredita que o modelo de educação pública está influenciado por valores oriundos da Revolução Industrial.  “As escolas hoje nos preparam para um trabalho em fábricas. As universidades pararam no tempo. A maioria prepara os estudantes para profissões que nem existem mais”.
José Augusto Figueiredo, presidente da consultoria LHH, acredita que o caminho para os mais jovens é se especializar cada vez mais em soluções digitais e aprofundar conceitos como o intraempreendedorismo. “Dificilmente carreiras pautadas na interpretação humana e nas emoções, como a psicologia e gestão de pessoas, serão eclipsadas pela robotização. Cabe aos profissionais de áreas mais suscetíveis a isso estarem sempre aprendendo novas tecnologias e observando os caminhos possíveis que sua área de atuação pode tomar”.
Tudo isso, naturalmente, passa por uma nova organização nas relações de trabalho. As estruturas e as hierarquias precisarão se adaptar para receber uma geração de trabalhadores preocupada não só em encontrar uma função condizente com um propósito profissional, mas também que se importa em fazer parte de uma empresa que lhe traga satisfação pessoal. “São pessoas que se preocupam em ter um legado”, conclui Figueiredo.
Não podemos e nem devemos encarar a automatização, que inevitavelmente será cada vez mais e mais presente na vida profissional de milhões de pessoas. Só vamos compreender o nosso futuro se olharmos para o passado. O homem que batia nas janelas das pessoas todo dia perdeu seu emprego quando os aparelhos despertadores se popularizaram, mas por outro lado deve ter encontrado emprego em alguma empresa que fabricava esses produtos. Os datilógrafos ficaram sem função com o surgimento dos computadores, mas ao mesmo tempo viram surgir inúmeras oportunidades no secretariado e sua demanda por profissionais capacitados. É tudo uma questão de aceitar as mudanças e fazer parte delas.
E você? O que acha que vai ser da sua profissão daqui a alguns anos? Conta pra gente nos comentários!
 


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15 min.
23fev2018
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