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Diversidade é um substantivo feminino, a qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado. Talvez mais do que nunca, temos ouvido bastante essa palavra. E ela pode ser aplicada em vários contextos. Mas a base é a mesma: contemplar ao máximo as várias maneiras de ser humano. No caso de agora, a diversidade geracional.
Pode (e deve ser!) de gênero, raça, etnia, classe social, etc. Umas das que gostaríamos de dar atenção por aqui é a geracional. A importância de construir equipes que incluam pessoas com diferentes experiências e… idades!
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Ande em uma rua central bastante movimentada e repare em quem vê. São pessoas muito diferentes em vários aspectos, certo? Isso porque nossa sociedade é muito diversa — e as empresas devem refletir isso.
“Todas as gerações têm experiências diferentes, energia diferente e trazem diferentes talentos e qualidades à mistura”, reforça Lindsey Pollak, especialista em multigeracionalidade no trabalho. Ela escreveu o livro The Remix: como liderar e ter sucesso no local de trabalho multigeracional, em que trata sobre o tema.
E representa, também, uma necessidade da população. De acordo com o levantamento Randstad Workmonitor Q2 2018, 86% das pessoas globalmente preferem trabalhar em uma equipe multigeracional. Eles afirmam, ainda, que graças a essa diferença de idade, eles podem ser mais inovadores nas ideias e soluções.
Pollak viu isso, na prática, em seu estudo. Ela descobriu que as companhia que se esforçavam para acabar com a tendência de ter apenas talentos jovens — vide a vibe de muitas startups — acabavam tendo uma vantagem no relacionamento com clientes, encontravam talentos de várias idades e gerações e, ainda, inovavam e resolviam melhor os problemas.
A máxima “ouça os mais velhos”, que nosso avós comumente diziam, tem que ser uma verdade. Não uma verdade absoluta, como nada é, mas como a certeza de que todas as experiências — mesmo as que não são 100% ligadas ao mundo digital — podem contribuir para um projeto ou ideia.
Procurar uma imagem de diferentes gerações trabalhando juntas — ou até de uma pessoa acima dos 60 anos em ambiente de trabalho — para esse post foi uma tarefa árdua. Os bancos de imagem estão lotados de fotos de pessoas trabalhando… mas todas são jovens.
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Com a questão da longevidade batendo à porta, já não há mais como deixar essa questão para depois. Aliás, o que mais vai existir é “depois”, para um número cada vez maior de pessoas. Nos últimos quatro anos, o número de pessoas com mais de 65 anos em vagas com carteira assinada cresceu 43%. Os dados são da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia disponíveis na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
No entanto, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua mostra que o desemprego entre os idosos passou de 18,5% em 2013 para 40,3 em 2018.
Mas aqui não estamos falando apenas de idosos, mas sim quaisquer pessoas acima dos 40 anos — que em algumas áreas já sofrem na pele a dificuldade para ingressar novamente no mercado de trabalho.
Para a pesquisadora, há medidas simples para aumentar a diversidade geracional nas empresas. A primeira delas é deixar de lados as piadas e tentar encontrar os pontos em comum.
Outro ponto é não justificar as falhas de uma pessoa pela idade que ela tem. Pollak alerta: existem chatos e irritantes em todas as gerações, é uma questão de personalidade.
É preciso reconhecer, também, qual a maneira que as pessoas preferem para receber informações. Uns gostam das redes sociais, outros do telefone. É uma questão de diálogo e adaptação. Ou seja, é importante utilizar diferentes processos de comunicação, interna e externa, pois só assim poderá estimular uma cultura verdadeiramente inclusiva.
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Isso é uma regra para a vida, em vários aspectos: não deduza que todos já sabem fazer só porque para você é óbvio. Então ensine os funcionários a usarem as ferramentas, quais são as melhores maneiras de escrever aquele relatório ou até bons modelos de e-mail. Quanto maior a comunicação, mais chances de uma entrega assertiva.
“Descobri que, nas suas vidas pessoais, a maioria das pessoas não interage com ninguém mais do que uma década mais velha ou mais nova do que elas, sem contar com os familiares”, notou Pollak em seu estudo. É essencial conversar e conviver com pessoas mais velhas e mais novas que você, assim você pode observar e perceber quais aspectos você pode ensinar e quais pode aprender para sua própria carreira — e para a vida, é claro.