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Quando falamos da questão T – da sigla LGBTQIA+ – muitas interrogações surgem inevitavelmente para todos por conta do silenciamento a que estes corpos foram sentenciados em nosso processo colonial. Nossos corpos trans foram amaldiçoados a viver como doentes, e só agora, depois de muita luta e esforço científico, foi possível entender que não existe nada de errado ou anormal em ser trans/travesti. Logo, tentarei aqui, trazer à luz aspectos dessa existência por tanto invisibilizada e, junto com isso, trazer a sua naturalidade.
Mas afinal, o que quer dizer a letra T? Na verdade, são dois T’s, que se referem as travestis e transgêneros, que escolhemos, por questões fonéticas, enxugar em apenas uma letra. Quanto às suas descrições, é simples: transgêneros são pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi designado ao nascer, podendo assim, flutuar num espectro de possibilidades de identidades que estão tanto entre os convencionais (masculino e feminino) quanto fora das representatividades tradicionais de gênero que estamos acostumados. Já a palavra Travesti, se refere às identidades trans que, foram designadas como masculinas ao nascer, porém se identificam muito mais com o feminino. Em ambos os casos, não estamos falando de qualquer condição médica.
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Na grande maioria dos casos, as pessoas se entendem como trans quando se deparam com uma grande tristeza e dor relacionadas à aspectos de imposições culturais e comportamentais do que o masculino e o feminino devem ser ou deixar de ser, que vão desde descrições corporais a cor da roupa que usamos. Chamamos essa tristeza de disforia de gênero, que por muitos anos (até 2018) era considerada uma psicopatologia, e assim, deveria ser tratada. No entanto, após muitos esforços, hoje conseguimos entender que os aspectos de gênero pertencem ao campo da cultura, e que a medicina, apesar de ser uma ferramenta importante, não é (e nem deve ser) quem diz como o corpo deve ser ou deixar de ser.
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O fundamental aqui, então, é compreender que, ainda que a transgêneridade seja uma tématica ainda muito silenciada e invisibilizada, não devemos continuar tratando como tabu aquilo que não o é. Tente imaginar como seria se sua personalidade, seus gostos e comportamentos fossem patologizados e, logo, marginalizados desde sua primeira in. Nessas circunstâncias, se a doença não existia, agora ela existe. Deixe os seus preconceitos de lado, e lembre-se que todas as pessoas DEVEM ser respeitadas, e ter seus direitos básicos garantidos.
Yara Mangabeira – Time Nex.