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Quantas autoras você leu no último ano? Se você listou poucas, fique tranquilo — o Leia Mulheres pretende mudar esse cenário. Trata-se de um movimento mundial que reúne mulheres em clubes de leitura para lerem autoras mulheres. Por que? Para tentar sanar a desigualdade entre os gêneros no ramo da literatura, além de incentivar e dar visibilidade para as mulheres no mercado editorial — outra área historicamente hostil às suas presenças.
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Agora vamos para a próxima pergunta: quantas dessas autoras que você leu eram negras? Além de sofrerem com as dificuldades de gênero, as escritoras negras também são invisibilizadas pelo racismo.
Mas nada melhor do que lê-las para incentivar essa mudança, não é mesmo? Por isso elencamos quatro autoras incríveis para você adicionar à sua lista deste ano!
Hibisco Roxo – Chimamanda Ngozi Adichie
A nova queridinha do universo da literatura é nigeriana, tem um TED Talk com milhões de visualizações (Sejamos todos feministas, veja!) e é uma ativista do movimento feminista. A projeção mundial de Chimamanda veio depois de a cantora Beyoncé utilizar, em sua música Flawless, uma parte do discurso da autora. E foi só o pontapé inicial para o mundo se encantar com Chimamanda.
A nigeriana tem diversos livros publicados — um dos maiores destaques é seu livro de estréia, o “Hibisco Roxo”, publicado em 2003. O livro conta a história da adolescente Kambili que convive com a religiosidade fervorosa imposta por seu pai Eugene a toda a família. Ao longo da narrativa, vai se tornando claro como o catolicismo exagerado — e as atividades adotadas pelo patriarca para honrá-lo — destrói os laços que os unem. Aos poucos se entende a dinâmica complexa da casa abastada: o pai, quando bate nos filhos, chora, pois afirma que só o faz por amor. É retratada, também, a profunda submissão das mulheres em uma sociedade ainda muito machista, além de outros aspectos da cultura da Nigéria. Vale frisar também como a obra mostra a influência da colonização no país e no pensamentos da população. É uma leitura forte e dolorosa, que traz diversas reflexões sociais e morais.
As alegrias da maternidade – Buchi Emecheta
Outra autora nigeriana, Buchi Emecheta trata, em sua obra prima, de uma das maiores obrigações da mulher na Nigéria: gerar filhos. A maternidade é a forma de as mulheres mostrarem seu valor aos seus maridos e à sociedade. No “As alegrias da maternidade”, de 1979, ao contrário do que diz o título, vemos as dificuldades e desafios sofridos por Nnu Ego, filha de um grande líder da etnia igbo, que é enviada para a cidade grande para um marido, após não ter conseguido engravidar no primeiro casamento. O livro mostra questões políticas que assolavam o país na época, a colonização, escravidão, a independência feminina conseguida a duras penas e as relações sociais da época.
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O ano em que disse sim – Shonda Rhimes
“Você nunca diz sim para nada”.
Essa foi a frase dita pela irmã de Shonda Rhimes que a fez refletir sobre como estava encarando sua vida. A roteirista, cineasta e produtora de televisão norte-americana foi a criadora de séries famosas, como Grey’s Anatomy e Scandal. A partir desse dia, Shonda decidiu passar um ano dizendo SIM para as oportunidades. No livro “O ano em que disse sim”, ela conta como essa atitude corajosa a transformou em todas as áreas.
Olhos d’Água – Conceição Evaristo
Conceição Evaristo é uma das mais importantes escritoras brasileiras. A autora já recebeu o prêmio Jabuti por seu livro Olhos d’Água, o que lhe concedeu ainda mais reconhecimento. Na obra, Conceição retrata as condições desafiadoras enfrentadas pela comunidade afro-brasileira. A pobreza e a violência urbana perpassam os 15 contos reunidos na obra, em especial quanto a desigualdade sofrida por mulheres negras.
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Conceição precisou, por algum tempo, conciliar os estudos com seu trabalho como empregada doméstica. Aos 25 anos, já no Rio de Janeiro, estudou Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Hoje é mestra em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
// BÔNUS
Temos outra dica bônus: um livro de uma autora também nigeriana publicado no Brasil no fim do ano passado. Ela foi aluna da adorada Margaret Atwood e sua obra foi entregue pelo serviço de curadoria TAG Livros. Adivinhou? Se quiser saber qual é, basta cadastrar seu e-mail e enviamos para você!
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