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Resiliência. Quando estava fazendo um tratamento de reabilitação em Brasília, em 2013, Luiz Fernando Ferrarini, 30, teve seu primeiro contato com as artes plásticas. De lá para cá, o que parecia uma atividade desagradável, tornou-se a sua paixão — e sua forma de comunicar os sentimentos ao mundo. O resultado de todos esses anos de prática estão expostas em nossa unidade em Curitiba.
“No começo, eu pensei: ‘nossa, que chato, não quero fazer isso.’ Mas, hoje, tirar isso [a pintura] é como tirar um braço”, afirma Luiz. Mas a simpatia pelo desenho e grafite vêm de antes, ainda na juventude. Hoje, o artista cria suas telas utilizando um mouse adaptado em seu notebook, já que perdeu os movimentos após uma lesão medular, em 2011. Cria o que chama de “grafite digital”, sempre com base no abstracionismo.
(+) Veja também: Tire a sua ideia do papel
Em uma conversa descontraída em sua casa, Luiz compartilha, com muito bom humor, seus sonhos e desejos. Um deles é um mochilão pela Europa — sem se limitar ao continente e deixar de passar por Tóquio, no Japão. Na juventude chegou a morar na Nova Zelândia. Naquela época, almejava uma carreira no skate e chegou a participar de campeonatos na cidade.
“No fim do arco-íris sempre tem algo… keep going. Vai andando e não pode parar”, conta o artista que dá lição de resiliência e bom humor.
Suas limitações abriram espaço para novas habilidades — e exercício da resiliência. “Eu me perguntava ‘por que eu?’ [sofri o acidente]. Foram anos trabalhosos”, relembra sobre seu processo de aceitação. Mas o filme de Freddie Mercury, que viu no cinema esse ano, tem uma mensagem que Luiz sempre aplica à sua vida: “No fim do arco-íris sempre tem algo… keep going. Vai andando e não pode parar.” Assim mantém claros seus objetivos e metas. “Se for pensar, tem que pensar alto”, complementa.
Seu grande ídolo, o pintor Kandinsky, diz que “a cor é uma energia que influencia diretamente a alma”. As obras de Luiz, com suas cores vibrantes e variadas, mostram isso. “Tem pessoas que vão surfar para desestressar, eu começo a pintar – e parece que expulsa tudo [de ruim]”, conta. “É meu momento zen.” Mas isso é só 50% da sua meditação, o restante é na gaita, que toca há um ano e seis meses. Já tentou violão e pandeiro, mas foi na gaita que se encontrou. Nesse meio tempo já compôs duas músicas, que exibe, orgulhosamente, para quem quiser ouvir.
Sua outra paixão é o Coritiba, time do coração. Quem entra em seu quarto, que tem uma bela vista para as araucárias e prédios próximos, percebe logo de cara: paredes verdes, fotos com o time e uma camiseta autografada e enquadrada. “Quem é atlético?”, brinca quando é perguntado sobre qual dos dois está na primeira divisão. É simples e preciso na resposta sobre o que mais gosta: a vida. E essa continua sendo sua maior inspiração para fazer arte.
A exposição fica aberta ao público em nossa cozinha até 31 de julho. Todas as obras estão à venda.