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Novembro chegou rapidamente, entre dias mais longos e chuvas ocasionais e, com ele, um dos eventos mais esperados por mais de 310 mil aspirantes a escritores no mundo. Do dia 1 ao 30, começando ao meio dia em ponto, acontece o NaNoWriMo (National Novel Writing Month), um grande encontro virtual em torno de um motivo aparentemente bastante simples: escrever o primeiro rascunho de um livro com, no mínimo, 50 mil palavras.
O “simples”, entretanto, acaba saindo um tanto quanto complicado à partir do momento em que antigos modelos mentais começam a nos assombrar. Em uma realidade em que ter ideias criativas deixou de ser um bônus para se tornar um requisito, a pressão de estar sempre em estado alfa de inspiração muitas vezes faz com que o cérebro passe por períodos de “seca”. E, antes que você se dê conta, os “isso nunca vai dar certo”, “não sou criativo o suficiente” ou “não vai ficar bom” viram um mantra que você começa a repetir para si mesmo na esperança de justificar o fracasso ocasional. Mas, e se ficar bom? E se der certo? E se você se descobrir mais criativo do que achava que poderia ser?
A melhor maneira de se livrar desses velhos paradigmas em que você mesmo acaba se aprisionando é aparentemente tão simples quanto o anterior: pare de criar paradigmas!
À medida que os fóruns sobre escrita criativa, no site da NaNoWriMo, começam a ficar mais ativos e ideias vão tomando forma, seus membros criam coragem para colocar no papel aquele livro que vêm postergando escrever há algum tempo. A atmosfera coletiva de ansiedade e entusiasmo é absorvida com facilidade, e aqueles que ainda tinham ressalvas em relação à capacidade pessoal de escrever um livro em um mês, enfim são tomados pela convicção de que, sim, é possível. E, por que não? Enquanto alguns colocam ideias no papel, você pode tirar as suas dele – e concretizar os projetos que vêm nutrindo há algum tempo. Lembre-se: apenas uma pequena mudança nas suas atitudes pode fazer maravilhas!
Ana Carolina Baú é jornalista, desenvolvedora web e escritora nas horas vagas. É apaixonada por literatura ficcional e pelas artimanhas do cérebro em transportar pessoas para dentro de boas histórias.